Os partores Georveval e Juliana Alves participam, na manhã desta terça-feira (23), da segunda audiência do caso que apura a morte dos irmãos Joaquim e Kauã, em um incêndio em Linhares, na região norte do Espírito Santo. A audiência acontece no Fórum do município.
Pastores chegam ao Fórum
• Às 8h30, os pastores Juliana Alves e Georgeval Alves, acusados das mortes dos irmãos Joaquim e Kauã, chegaram juntos em uma viatura da Secretaria Estadual de Justiça (Sejus) para a audiência no Fórum.
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O casal acusado das mortes dos irmãos não são obrigados a prestar depoimento nesta audiência. Nesta terça, dezesseis testemunhas serão escutadas.
Pai de Kauã
Em frente ao Fórum onde acontece a audiência, o pai de Kauã, Rainy Butkovsky, questiona o fato do advogado dele não ter podido participar da audiência.
"Eu quero saber por que meu advogado não pode participar dessa audiência? Por que ele foi barrado?", questiona.
Manifestação
Um grupo de pessoas partiram da casa onde os irmãos foram assassinados, em Linhares, e chegaram, por volta das 9h15, em frente ao local onde acontece a audiência.
Os manifestantes pedem justiça para casos de abuso sexual infantil.
Juiz decide se casal falará
O advogado Gustavo Tureta explica que os depoimentos das audiências vão servir de base para uma sentença do Juiz .
“O juiz vai decidir se o réu será pronunciado ou não. Se for, os réus podem ir para júri popular. Provavelmente o casal não será ouvido hoje em razão do número de testemunhas”, explica Tureta.
Caso
As crianças morreram em um incêndio no dia 21 de abril, em Linhares. Georgeval, pai de Joaquim e padrasto de Kauã, foi acusado de estuprar, agredir e queimar as crianças. Já a esposa dele, Juliana foi presa porque, segundo o juiz, foi omissa e sabia dos abusos que as vítimas sofriam.
Eles são acusados de homicídio qualificado, estupro de vulneráveis e fraude processual. Georgeval ainda responde por tortura.
Primeira Audiência
A primeira audiência aconteceu no dia 10 de outubro, na 1ª Vara Criminal de Vitória. Ela não será aberta ao público porque o caso corre em segredo de Justiça.
Nessa ocasião, foram ouvidos o pai e a avó de Kauã, e peritos da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros, que estiveram na casa depois do incêndio.
Depois da audiência, a avó de Kauã, Marlucia Aparecida Butkovsky, declarou que não sabia do relacionamento do casal com os filhos e enteado e se emocionou.
“Pelo que a gente convivia, não tinha como perceber se tinha alguma coisa por trás. Se eu soubesse, meu neto estaria vivo, não estaria morto".
Por G1 Espírito Santo
Link da matéria original: Pastores acusados da morte de irmãos no ES participam de audiência da Justiça